Na semana passada dediquei-me à questão do sono da criança e esta questão surgiu em conversa com um pai.
A resposta a esta questão depende muito de
criança para criança e até mesmo dos pais mas deixo alguns pontos que
se podem aplicar à maior parte dos casos.
1. É muito importante que os pais estejam alinhados nessa decisão. Conversem sobre o assunto e estabeleçam um plano.
2. Informem a criança da vossa decisão. Não perguntem se ela acha boa ideia. A decisão de a tirar da vossa cama é vossa e não da criança. Podem dizer algo do género: “Querido, tens dormido na nossa cama desde há 1 mês e os pais decidiram que está na altura de voltares a dormir na tua cama” ou “Dormes connosco desde bebé mas os pais estiveram a conversar e decidiram que está na hora de teres o teu próprio espaço, de dormires na tua própria cama”. Expliquem porque tomaram essa decisão.
3. Envolvam a criança na decisão. Peçam-lhe sugestões e, se for possível, deixem-no escolher alguns dos elementos para o seu quarto como a roupa de cama, um boneco para lhe fazer companhia e uma luz de presença/lanterna se tiver medo do escuro.
4. Tenham paciência. Se a criança já dorme na cama dos pais há muito tempo, ou desde que nasceu é importante ir com calma e garantir à criança que vão ajudá-la na transição. Talvez tenham que estar mais tempo no quarto dela nos primeiros tempos. Podem sentar-se numa cadeira no quarto ou aos pés da cama até que se acalme. Se se levantar durante a noite e for para a vossa cama é muito importante que voltem a deitá-la na cama dela. É difícil mas têm mesmo que ser consistentes nesta questão. Não desistam!
5. Estabeleçam uma rotina da hora de deitar e sejam consistentes. Leiam uma história, cantem uma música, conversem um pouco...
6. Encham o copo dos afetos. Dediquem tempo exclusivo à criança todos os dias. Brinquem com ela, mimem. A hora de dormir não é a única altura para mimar.
7. Fazer visitas à cama dos pais quando acorda de manhã são boas ocasiões para matar saudades dos velhos tempos. Deixem-na à vontade para isso.
8. Reconheçam o esforço da criança e festejem as pequenas vitórias.
9. Se necessário peçam ajuda profissional.
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