Maria, de 16 anos, sai do quarto, dirige-se à cozinha e pergunta o que é o jantar. A mãe responde: "Ainda não está pronto. Já desenrasco qualquer coisa." A Maria, com maus modos, diz que tem fome, que o jantar já deveria estar pronto e ordena que se encomende qualquer coisa. A mãe, incrédula, pede-lhe que se acalme, que veja um pouco de TV e informa que o jantar estará pronto em breve.
A maior parte destes pais, apesar de não considerar o comportamento adequado, arranjam algum tipo de desculpa para os filhos. Alguns justificam o comportamento porque os filhos os filhos andam stressados com alguma coisa. Outros sentem-se culpados, dizem que falharam como pais em alguma altura do processo educativo. Outros questionam se não será apenas o adolescente a ser adolescente, se não será uma fase que passará mais cedo ou mais tarde.
Pais, repitam comigo: Os pais não devem aceitar todo e qualquer comportamento do jovem por este estar na adolescência ou por estar a passar por um momento difícil. Nop! O adolescente deve saber quando o risco é pisado e deve ser incentivado a reparar o seu erro. Suspirar e virar costas, ficar triste e afastar-se em silêncio mas ainda assim atender às exigências do filho ou da filha, apenas reforça um comportamento que não é aceitável. É importante que o pai ou a mãe expressem como se sentem em relação a isso de forma firmee calma. Se precisarem de um tempo para "arrumar as ideias", para se acalmarem digam isso mesmo: "agora não ocnsigo falar porque estpu irritada. Preciso de uns minutos para me acalmar..." É muito importante comunicar esses limites porque o jovem tem que perceber que algumas atitudes/comportamentos não são aceitáveis.
Voltemos ao exemplo da Maria e da sua mãe. A mãe da Maria poderia dizer algo como: "Quando falas dessa forma fico mesmo triste e duvido da educação que te estou a dar. Gostava que te expressasses de forma educada. (Espaço para escutar a Maria). Estou quase a terminar uma reunião. Depois podemos fazer o jantar juntas."
Poucos de nós fomos ensinados a colocar limites mas sabes de uma coisa? Vale mesmo a pena aprender. Colocar limites é uma forma de mostrar que nos respeitamos e ao fazê-lo ensinamos os nossos filhos, não só a respeitarem-nos mas a fazerem-se respeitar no futuro.
Por fim, um pedido: conheces alguém que poderá tirar proveito deste post? Partilha com ela. Ajuda-me a chegar a mais famílias.
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